Foto: Deni Zolin
A mais importante feira da área de defesa e segurança da América Latina será realizada de 2 a 5 de abril, no Rio de Janeiro. A 12ª edição do LAAD Defence & Security (foto acima) reunirá mais de 450 marcas e um público previsto de 38,2 mil profissionais de 80 países. O evento é realizado a cada dois anos e interessa bastante ao polo de defesa de Santa Maria.
Se depender do mercado para o segmento, o ano de 2019 se revela favorável. Em novembro do ano passado, o governo publicou uma Medida Provisória (MP) que destina parte da arrecadação das loterias federais ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). O Ministério da Segurança Pública ficará com 9,4% da arrecadação bruta das loterias da Caixa Econômica Federal, o que corresponde a cerca de R$ 1,2 bilhão.
Um tema que, certamente, vai nortear as discussões, em abril, será o recente decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que facilita a posse de armas pelos brasileiros. As novas regras devem voltar a reaquecer a indústria de armamento, que ficou 15 anos limitada pelo Estatuto do Desarmamento, implantado em 2003.
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A nomeação de militares para cargos do alto escalão do governo, por Bolsonaro, é outro fator que os organizadores da LAAD apostam como fomentador da defesa e segurança. Acreditam que as Forças Armadas ganharão mais espaço nas discussões sobre o setor nacional.
Por falar nisso...
Há um bom motivo para o decreto das armas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter desagradado até mesmo aos defensores do armamentismo. As novas regras não abandonam uma velha prática brasileira: a burocracia. Será necessário passar no exame psicológico da Polícia Federal, ter curso de tiro, apresentar uma série de cópias autenticadas dos documentos e comprovar, periodicamente, a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo. Somente quem tiver boa condição financeira, tempo e paciência, conseguirá cumprir as exigências.
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